sexta-feira, junho 5

Salve os novos Dinossauros do Rock!


Pra quem nasceu depois do meio da década 80, fica tão clara a falta do surgimento de artistas que ultrapassam os limites do talento e colam em suas carreiras, um selo de imortais. As últimas grandes bandas que ainda estão em plena atividade, e que têm seus líderes já com cabelos grisalhos, nos encantam mas não fizeram parte de nossa juventude.

Quando muitos de nós nascemos, Steven Tyler já havia chegado ao fundo do poço devido às drogas e ressurgido com o enorme sucesso do disco Permanent Vacation. Ozzy Osbourne já estava em carreira solo depois de ser imortalizado junto ao Black Sabbath. Os melhores álbuns do Metallica já haviam ficado para trás. Sem contar, Deep Purple, Whitesnake, Pink Floyd, AC/DC, The Doors e a trinca de bandas insuperáveis, formada por Beatles, Supertramp e Led Zeppelin. Tudo isso me faz ter o pensamento do tipo; "Poxa, como eu gostaria de ter nascido na década de 60".

Em meio a esse pensamento que, por ora, parece pessimista, ainda existe no final desse caminho todo uma luz acesa. Na verdade são duas luzes e elas têm nome: Pearl Jam e Oasis. Duas bandas que nasceram e despontaram para o mundo após os gloriosos anos do rock'n' roll e que ainda mantêm suas atividades. Gravaram discos antológicos, fizeram e fazem shows magníficos e assim constituíram suas obras. A cada ano que passa surgem com novos álbuns e anúncio de turnês mundiais. Não podemos esquecer que Noel, Vedder e cia já chegaram aos 40 anos, e estão prestes a se transformarem nos famigerados "Dinossauros do rock"; afinal de contas nenhuma das duas bandas dão sinal algum de que vão pendurar suas guitarras.

Não consigo imaginar outra banda que surgiu na década de 90 que possa perpetuar por um longo tempo e transcender a barreira quebrada pelas grandes bandas da história - que deixaram discos geniais e mesmo após os 40 anos ainda têm fôlego de sobra pra continuarem a espalhar o som do rock pelos 4 cantos do mundo. É claro que a nossa década tem muita coisa boa e é muito justo dar valor à elas, mas eu não imagino Brandon Flowers - por exemplo - levando seus netinhos em shows do The Killers. Pago pra ver e aposto com quem for que eles e outras várias, param antes disso, o que seria uma pena.

Fato é que, para que me entendam, eu terei um orgulho imenso ao ver meu filho segurando em suas mãos um dos discos do Oasis aprendendo e observando o quão grande é a história daquela banda (assim como fiz com discos do Aerosmith ou do AC/DC) e poder falar que ela fez parte da nossa década e que vi o nascimento de suas obras. Isso é que me faz ter tanta certeza de que esses novos tiozinhos serão os únicos representantes de nossa época num futuro tão incerto, musicalmente falando, que se aproxima tão rápido.

Um comentário:

Fernando Cazelli Perez disse...

Também nasci nos fins dos anos 80, e aco que esse post traduziu exatamente o sentimento que me assola quando eu ouço a 89. O que aconteceu com o bom e velho rock?
Hoje (isso é terrível, eu sei) eu sei que eu nunca vou ver uma performance ao vivo de rock clássico da maneira que deveria ser.
O que nos sobra é a nostalgia de uma época que nós nem cinhecemos...