sexta-feira, junho 19
Dia do Cinema Nacional
É comemorado hoje o Dia do Cinema Nacional. A data foi criada para lembrar dos filmes, que desde 1898 (data da primeira gravação no Brasil "Vista da Baía de Guanabara") encantam e desencantam os cinéfilos brasileiros.
A história do cinema no Brasil sempre foi muito conturbada, justamente por passar por crises que a tornaram insatisfatórias, e talvez até hoje nunca mais pudemos retomar o sucesso de que somos capazes. Depois de "Vista da Baía de Guanabara", o cinema viveu de altos e baixos, com crises de incentivos e produções pífias. E foi o Cinema Novo da década de 50, extremamente influenciado pela Nouvelle Vague francesa que deu um novo ânimo às produções cinematográficas no Brasil. Glauber Rocha, Ruy Guerra, Cacá Diegues entre outros, nos apresentaram filmes engajados socialmente e com visões políticas esquerdistas.
Nessa época, o mercado não era a pretensão maior dos diretores. A única intenção era abrir os olhos e mostrar a realidade.
Na década de 70, depois de um longo período de cinema de autor, ou seja, o cinema passível a erros geniais e imperfeições propositais, o cinema nacional viu produções que buscavam dinheiro e abertura de mercado. Bruno Barreto (Dona Flor e Seus Dois Maridos, 1976), Hector Babenco (Lúcio Flávio, o passageiro da agonia, 1977) e Arnaldo Jabour (Eu Te Amo, 1981) conquistaram cerca de 3 milhões de ingressos vendidos.
Trata-se de uma nova fase no cinema nacional, vivida até a era Collor, onde as verbas para as produções foram drasticamente cortadas. A Embrafilme, o Concine, o Ministério da Cultura, as leis de incentivo à produção e a Fundação do Cinema Brasileiro foram extintos. A essa época, tivemos apenas um filme produzido em 1922, A Grande Arte de Walter Salles.
Já na década de 90, temos um outro cenário no cinema do Brasil. A chamada "A Retomada" surge com força total, com produções como "Carlota Joaquina, a princesa do Brasil" de Carla Camurati.
O presidente à época, Itamar Franco, cria a Secretaria para o Desenvolvimento Audiovisual, que dá o incentivo que os gênios brasileiros precisavam para criar o que temos hoje como as maiores produções cinematográficas que o Brasil já ofereceu ao mundo.
Temos então filmes que misturam a chanchada da década de 30, com o cinema de autor da década de 50. Filmes com caráter social, como "Tropa de Elite", de José Padilha, "Carandiru", de Hector Babenco e "Cidade de Deus", de Fernando Meirelles se tornam sucesso dentro e fora do Brasil.
Além desse gênero, temos ainda as comédias românticas, seguindo a premissa americana como sucesso de bilheteria. "Se eu Fosse Você 2" de Daniel Filho, se torna a segunda maior bilheteria da história do cinema no Brasil, com 1 milhão de espectadores somente na primeira semana. O filme perdeu apenas para Titanic, a maior bilheteria do cinema no mundo.
O site www.cinemabrasileiro.net apresenta uma lista com as 30 maiores produções cinematográficas brasileiras. Vale a pena dar uma olhada, para talvez aprendermos a respeitar mais os nossos filmes, que nos fazem chorar, rir e relembrar a história do Brasil.
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2 comentários:
é triste, o senso-comum nacional tende a acreditar que o cinema brasileiro só tem "comédias" globais, o cinema brasileiro tem muito, mas muito mais reconhecimento lá fora do que aqui.
O cinema brasileiro esta melhorando e muito, agora esta vindo com força total, ja que os diretores brasileiros ganharam nome aqui e lá fora...
ate mesmo filmews cafe-com-leite ja estao ficando mais legais, no caso a comedia romantica "A Mulher Invisível", e alguns outros...
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