quinta-feira, novembro 20

Björk Gudmundsdóttir, muito prazer...


Muitos a odeiam, alguns a rejeitam, na verdade não a conhecem. Estamos aqui para isso. Dona de uma voz impecável, estridente e contagiante, a islandesa de 43 anos começou sua carreira logo cedo, aos 12 anos gravando seu primeiro CD com ajuda de seu padrasto. Passou por bandas de punk progressivo em sua terra natal, a mais notória delas chamda Spit and Snot, onde era percursionista e foi ai que começou a se aproximar de vez com seu lado alternativo, excêntrico e totalmente experimetal.


Björk consegue juntar melodias incríveis com sons jamais utilizados, como vitrolas rodando discos ao contrário e pianos desafinados, fazendo disso uma mistura inigualável, inimitável e única. Suas canções são aquelas responsáveis por encher o ambiente de algo impossível de ser definido como triste ou alegre, melancólico ou excitante, balada ou levada - na verdade em cada uma de suas canções ela faz uma viagem entre todos esses adjetivos. Em obras como Play Dead (trilha sonora do longa The Young Americans) e Bachelorette é fácil identificar essa viagem, onde ela utiliza letras desesperançosas e depressivas com batidas fortes, sons de vários violinos e uma percussão cheia e ritmada.


De certo não possuo dados muito mais técnicos do que estes e o que me dirigiu foi o meu ouvido e os meus sentimentos aflorados quando ouço a obra dessa mulher. Obra essa intocável, incopiável, pois sinto que é algo que cresce dentro da alma dela se transferindo para as nossas quando a ouvimos. Na verdade a função mágica da música é essa; fazer-nos sentir algo adormecido ou intocável dentro de nossas almas, e posso garantir que Björk e suas traquinagens são ideais para realizar essa tarefa.

Jota Jr.

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