segunda-feira, dezembro 15
A Volta dos Que Não Foram
O cinema nacional já tomou muitas esferas, mas nenhuma tão divertida, emblemática e importante como a que estamos vivendo. Estamos condicionados a pensar que nada mais presta na nossa geração, e que não há nada de novo, mas muito pelo contrário...
Há alguns anos, o cinema brasileiro não era mais importante que a literatura. Era essa segunda que desempenhava o papel principal de mostrar à sociedade os problemas e cenarios do cotidiano. Durante décadas, a literatura brasileira se preocupou em retratar o brasileiro e suas diversas faces, desde Macunaíma às obras de José de Alencar. Hoje, a geração entre os 30 e 50 anos tem autores de excelente domínio técnico da narrativa, os romances não se preocupam mais em retratar o Brasil, e já não pautam o debate cultural. Essa função cabe ao cinema. Mais do que nunca.
Essa visão mais complexa da realidade, leva a população a entender melhor a realidade do país, e chega facilmente ao dia-a-dia brasileiro, que tem a vergonhosa marca de não ler nem 1 livro por ano.
Filmes como Tropa de Elite comovem muito mais do que toda a obra de Glauber Rocha somada. O cinema brasileiro pode ainda não ser a indústria que pede a lei do Audiovisual, mas já mobiliza e concientiza grande parte das pessoas que ainda buscam se atualizar com a realidade nacional.
Chega a hora da geração atual abrir os olhos e deixar a saudade de lado. Temos incríveis profissionais, dispostos a mostrar ao mundo como o cinema brasileiro ainda tem a força mostrada pelo Cinema Novo, e que está pronto para o ficcionismo-real que abate a verdadeira história do Brasil.
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