quinta-feira, outubro 16
Ator ou escritor? Talvez diretor...
Hoje em dia, ao se falar de um homem que é ator e diretor, imagina-se diversos galãs como George Clooney ou ainda Clint Eastwood. Mas estou falando de um homem de 72 anos, que já dirigiu mais de 40 filmes atuou em quase todos, e escreveu cerca de 12 livros dentre eles comédia, prosa, teatro e romances. A pessoa citada, Woody Allen, ou ainda Allan Stewart Königsberg, seu nome de batismo, aos 15 anos começou a escrever para colunas de jornais e programas de rádio e em 1964, com apenas 29 anos, já era um comediante conceituado, com indicações ao Grammy por show de comédias gravados. Sua primeira experiência cinematográfica aconteceu no ano seguinte, quando foi convidado por um produtor de cinema, em um de seus show, para escrever e atuar em "What's New Pussycat" ("O que há de novo, gatinha", em portugês). Como diretor estreou em 1969, com Take The Money and Run ("Um assaltante bem trapalhão"). De lá pra cá, foram diversos filmes atuados, escritos e dirigidos por Woody, mantendo uma média de cerca de 1 filme por ano.
Além dessa produtividade invejada, Woody sempre manteve a qualidade e competência dos filmes, tornando-se um dos diretores mais aclamados do gênero comédia, sendo premiados diversas vezes por suas obras-primas, como Annie Hall ("Noivo neurótico, Noiva nervosa") que recebeu quatro Oscars. Woody não é muito de comparecer às premiações, apesar de não estar em nenhuma das cerimônias em que estava concorrendo, Woody conquistou mais um prêmio de melhor roteiro original por Hannah and Her Sisters (Hannah e Suas Irmãs) e recebeu outras 18 indicações em diversas categorias.
As premiações não são suficientemente boas para expressar quão genial é este homem do qual estamos falando, e em nenhuma cerimônia de Oscar pôde-se dizer sobre a genialidade dos livros escritos por Woody. Ele geralmente explora o pessimismo em que vive o homem para tornar as situações do dia-a-dia ainda mais deprimentes, mas sempre com um toque de humor, é o que ocorre em God: a comedy in one act em que Woody coloca em xeque as crenças humanas, e nos faz pensar sobre as injustiças a que somos submetidos durante a vida.
Woody Allen não só encanta na tela do cinema, atuando ou dirigindo, ele encanta por escrever e por nos mostrar tudo o que não conseguimos ver na nossa vida, talvez por estarmos precoupados demais com a vida alheia.
Sobre ele, Woody tem apenas isso a dizer "Os dois maiores mitos sobre mim são: que sou um intelectual apenas porque uso óculos e que sou um artista porque meus filmes rendem dinheiro. Estes dois mitos vêm prevalecendo há muitos anos”
Juliana Torres
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