
Aprendi que em uma dissertação, não podemos deixar perguntas sem respostas, então tentarei levar a vocês a conclusão que chegamos no quintal, naquele domingo quente.
Conhecemos como Cinema Novo aquela "revolução" ocorrida no cinema brasileiro, no qual cineastas como Glauber Rocha tiveram a oportunidade de expor suas obras, que na época não foram apreciadas e que hoje é o reduto de inspiração dos pseudo cult da nossa geração. Nessa época surgiram filmes como "Deus e o Diabo na Terra do Sol" e "Terra em Transe" outrora tidos como sem nexo e "forma de arte desprezível". E é esse cenário que vemos hoje. Filmes incompreendidos, sem nexo e desprezíveis. Sob a nossa ótica, é claro.

O showbiz está cada vez menos seletivo, e por esta razão vemos surgir tanta banda e filme sem qualidade, que se tornam incompreendidos em sua época, isso gera preconceito e falta de conhecimento. Mas isso não é novidade. Novidade é que, quem pretende trabalhar com arte daqui para frente, deverá ter a certeza de que não encontraremos mais Glauber Rocha e Cacá Diegues, não encontraremos mais Led Zeppelin e Nirvana, tampouco Machado de Assis e Fernando Pessoa. Não teremos mais imortais, talvez um ou outro. E é nesse mundo que iremos trabalhar. O Novo Cinema Novo se aplica a todos os tipos de arte. A perpetuação dos imortais está nas nossas mãos, acreditem se quiser.

A conclusão que chegamos é que assim como o público mudou, o critério da mídia mudou também. E nada do que pensamos ou falamos pode mudar isso. E então percebemos que isso também não é novidade, e voltamos para o ponto inicial da conversa: a mídia segue o povo ou o povo segue a mídia? Quem nasceu primeiro o ovo ou a galinha?

Essa resposta é muito pessoal e intransferível, e como não quero confusão, prefiro parar por aqui. Desculpe por enganar vocês e deixar perguntas sem respostas. Na verdade eu queria mesmo era saber a opinião de cada um :)